Emprego tem forte alta em fevereiro e gera saldo de 260 mil novas vagas

FPA Informa 125

 
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18 de março de 2014
ECONOMIA NACIONAL
Emprego tem forte alta em fevereiro e gera saldo de 260 mil novas vagas: Segundo dados divulgados pelo Ministério do Trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do mês de fevereiro apresentou saldo positivo de 260.823 novas vagas, mais que o dobro do mesmo período do ano anterior. O resultado é o melhor para o mês de fevereiro desde 2011 e ficou muito acima da média das previsões de criação de empregos dos analistas financeiros, que esperavam a geração de apenas 120 mil novas vagas. Com o resultado de fevereiro, contabiliza-se no ano a criação de 302.190 novas vagas, sendo que no acumulado de doze meses a criação líquida de empregos soma 1,157 milhões de novas oportunidades de trabalho. Os dados de fevereiro foram impulsionados pela criação liquida de 143.345 novas vagas no setor de serviços, seguido pela abertura de 51.951 novos postos de trabalho na indústria. Regionalmente, o sul do país liderou a geração de novos empregos, com crescimento de 1,08% e 79.990 novos postos gerados. Em segundo lugar, o nordeste aparece com aumento de 0,27% e criação de 17.565 novos empregos.
Comentário: A forte expansão da produção industrial, das vendas no varejo e do emprego no início de 2014 contraria as análises mais pessimistas, que esperavam um cenário de baixíssimo dinamismo (se falava até em recessão) no ano corrente. Obviamente, tais resultados precisam ser considerados em perspectiva, não podendo ser considerados sozinhos uma tendência de retomada do crescimento no longo prazo, mas certamente apontam para um primeiro trimestre positivo do ponto de vista do desempenho do PIB, do emprego e da renda. A preocupação reside no fato de que tal expansão acelerada da atividade possa levar o Banco Central a prolongar o ciclo de aumento dos juros, dado o impacto inflacionário da estiagem do início do ano e o potencial propagador da inflação de uma economia mais acelerada. O cenário atual, no entanto, parece ser de inflação sob controle (em patamares similares aos do ano passado) e de atividade em recuperação, impulsionada pelo aumento do investimento e do emprego.
 
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Análise: Guilherme Mello, Economista
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