IBGE divulgou que as vendas no comércio varejista no Brasil apresentaram expansão de 0,8% no mês de janeiro

Ano 3 – nº 254 – 13 de março de 2015
 

ECONOMIA NACIONAL
Vendas no varejo superam estimativas e crescem 0,8% em janeiro: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na manhã desta sexta-feira, 13, que as vendas no comércio varejista no Brasil apresentaram expansão de 0,8% no mês de janeiro, acima das estimativas dos economistas de mercado, que previam crescimento de apenas 0,4%. Na comparação com janeiro de 2014 o crescimento do varejo restrito foi de 0,6%, e no acumulado de doze meses, 1,8%. A receita nominal do setor apresentou elevação de 1,3% em janeiro, sendo que a alta no acumulado de doze meses alcançou 8%. No varejo ampliado, que inclui venda de automóveis, motos e materiais de construção, o crescimento das vendas, em igual intervalo de comparação, foi menor, de 0,6%, abaixo do crescimento de 1,3% estimado por analistas de mercado. Em doze meses há recuo no varejo ampliado, de 2,4%, com alta de 3,1% na receita nominal no período.
Comentário: A ampliação das vendas no varejo e da produção industrial no mês de janeiro prenuncia que o primeiro mês de 2015 não apresentará a esperada recessão, que deve ocorrer apenas ao longo dos meses posteriores do primeiro semestre. Chama mais uma vez a atenção os maus resultados do varejo ampliado, demonstrando a queda na venda de veículos e a desaceleração do setor de construção civil. Mesmo crescendo, o fato é que o acumulado em doze meses do indicador de varejo restrito apresenta desaceleração frente à média dos últimos anos, o que indica uma acomodação do consumo e da demanda, afetando o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), já que a demanda interna tem sido o principal fator de contribuição positiva para seu crescimento. A queda na confiança do consumidor, seja em decorrência da elevação da inflação, do arrefecimento do mercado de trabalho, ou ainda do encarecimento do crédito, deve acentuar essa tendência baixista nas vendas do varejo. A recuperação desta confiança pode ocorrer ainda ao longo deste ano, caso o ajuste fiscal atualmente proposto alcance seus objetivos: reduzir a inflação sem promover uma queda relevante do PIB, do emprego e da renda.
 
AGENDA DO DIA
EVENTO HORÁRIO ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
Vendas no varejo/Brasil 9h IBGE
Sentimento econômico/EUA 11h Universidade de Michigan
 
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