Educação superior: crescimento das matrículas em Instituições de Ensino Superior privadas

A década de 2000 no Brasil trouxe muitas melhorias nos indicadores sociais, especialmente quanto ao acesso à educação. No ensino superior, importantes políticas foram desenvolvidas em parceria com o setor privado, como o Prouni.

A tabela a seguir mostra um aumento – de 69,78% (2002) para 71,10% (2013) – no percentual de matrículas no setor privado sobre o total de matrículas. No entanto, as tendências nas diferentes regiões variam: nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a presença do ensino superior privado aumentou de uma forma muito profunda: de 2002 a 2013, na Região Norte passou de 39,01% para 56,15%; na Região Nordeste, de 41,62% para 60,25%; e na Região Centro-Oeste, de 66,62% para 73,21%. Nas Regiões Sul e Sudeste, no entanto, essas porcentagens baixaram, de 2002 a 2013, de 73,81% para 65,10%, na Região Sul, e de 80,89% para 79,67 % na Região Sudeste.

No país como um todo, o número absoluto de matrículas em instituições privadas cresceu 80,15% de 2002 para 2013, mas alcançou um crescimento de 243,6% no mesmo período na Região Nordeste. As matrículas no setor privado cresceram mais (80,15%) do que o total de matrículas (76,8%) de 2002 a 2013 no país como um todo e também nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Nas regiões Sul e Sudeste, o crescimento das matrículas privadas foi menor do que o crescimento do total de matrículas, o que reflete um crescimento mais forte da matrícula pública.

Nota-se assim que, de 2002 a 2013 houve forte ampliação do acesso ao ensino superior, com importante crescimento do setor privado, ancorado em políticas públicas. Estima-se, no entanto, que a redução dos gastos com o ensino superior em 2015 e o endurecimento das regras de concessão do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) pelo menos diminuam o ritmo de crescimento das matrículas em cursos de graduação em Instituições de Ensino Superior privadas.