No dia 11 de março celebramos os 200 anos do nascimento de Maria Firmina dos Reis. Símbolo de resistência feminina e da luta antiescravista, nasceu em São Luís, capital do Maranhão. Autodidata, aprende ler, escrever e realiza sua formação para o magistério, se tornando a primeira mulher negra a passar em concurso público para o cargo de professora.

Maria Firmina é símbolo de resistência e luta antiescravista. Sua história é um marco de resistência contra a sociedade escravista e patriarcal característica do século XIX. Mulher negra, extrapolou e lutou contra as barreiras impostas à formação, letramento e atuação profissional às mulheres daquele período, tanto mais para mulheres negras ainda submetidas ao horrendo e violento regime escravista. Escreveu diversos poemas, contos, crônicas, música e obras de caráter antiescravista e abolicionista, tais como Úrsula, Gupeva e A escrava.

Sua luta e trajetória de vida que agora completa 200 anos, representa para os dias atuais a luta dos grupos subalternos por sobrevivência, liberdade, organização política e justiça que atravessa a história brasileira.

 

Arte aproveitada a partir de selo elaborado pela Academia Ludovicense de Letras em razão da homenagem para Maria Firmina dos Reis. In: Adler, Dilercy Aragão. Elogio à patrona Maria Firmina dos Reis: ontem uma maranhense; hoje, uma missão de amor! Dilercy Aragão Adler. 1ª ed. – São Luís: Academia Ludovicense Letras, 2014, p. 01.