Diversidade e defesa dos direitos humanos nas periferias
Em celebração ao Dia da Consciência Negra (20 de novembro) e ao Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), a revista Reconexão Periferias traz textos que buscam refletir sobre a importância da diversidade e da defesa dos direitos humanos para construir e consolidar a democracia no Brasil.
O artigo Candidaturas periféricas por uma política inclusiva e emancipadora, de Wescrey Portes Pereira, afirma que eleger candidatos periféricos é essencial para ampliar novas práticas políticas, capazes de tornar as Casas Legislativas reflexos mais fiéis da sociedade brasileira. “Com agendas inovadoras, projetos transformadores e a coragem de construir um horizonte mais inclusivo, essas candidaturas oferecem uma chance concreta de usar a política como ferramenta de mudança, promovendo um futuro mais igualitário e plural para todos”.
G20 Social, um momento de reafirmação dos povos periféricos, artigo de Darlene Testa, traz um panorama das discussões ocorridas durante o evento que mobilizou organizações de todas as regiões do Brasil e dos países signatários do fórum de cooperação econômica internacional, criado em 1999 como resposta às crises econômicas da década de 1990. E resume ainda as principais recomendações da CUT-Brasil apresentadas em um documento, além do conteúdo da declaração final oficial, com destaque para o trabalho de articulação e mobilização das periferias.
Na Entrevista, o presidente da Fundação Cultural Palmares João Jorge Rodrigues dos Santos, que é também advogado, escritor e um dos fundadores do Olodum, fala de sua trajetória na arte, educação e política e também sobre os desafios da Fundação Cultural Palmares. “Conversamos hoje bastante sobre a potência da população chamada periférica, que está ainda escondida no Brasil e vem sendo tratada de forma inferiorizada, mas precisa vir para o centro da política, do debate, para termos a possibilidade de ser um país bom, feliz e de oportunidade para todos. Para que o Brasil seja um país civilizado. Esse é o esforço da Palmares, civilizar o Brasil. Não é possível um país chegar aos 600 anos sem ser uma civilização”.
No Perfil, a revista apresenta o coletivo Amparar, que nasceu em 1997 a partir de um grupo de mães que se organizaram para defender seus filhos das torturas e abusos praticados dentro da Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor de São Paulo (Febem). A Associação foi instituída juridicamente em 2004 e, desde então, atua na defesa dos direitos humanos de adolescentes e adultos encarcerados e egressos do sistema penal e de seus familiares.
A seção de Arte apresenta a artista visual urbana, ilustradora, grafiteira e tatuadora Leen Vandal, que aprimora sua arte com técnicas mistas em tinta, graffiti, tattoo, ilustrações manuais e digitais. Desenvolve artes manuais, digitais e graffiti desde 2008 e tatua desde 2010. Desde 2017 é produtora cultural no Coletivo Triluna, composto por mulheres do Hip Hop, e integra o coletivo de arte urbana Mandacaru desde 2018.
A revista traz ainda as seções de Programas e Oportunidades.