ECONOMIA INTERNACIONAL
Vendas no varejo cresceram acima do esperado em novembro de 2014: As vendas no varejo apresentaram forte expansão no mês de novembro, marcando a quarta alta mensal neste indicador. A elevação de 0,9% nas vendas do varejo restrito, na comparação com o mês anterior, foi superior às expectativas do mercado, que na média previa crescimento de 0,3%. Na comparação com novembro de 2013 o varejo restrito cresceu 1%, contra expectativa de estabilidade. No ano o setor acumula alta de 2,4% até novembro, e de 2,6% no acumulado de doze meses. A receita nominal também registrou alta, crescendo 1,4% em novembro (após expansão de 1,5% em outubro) e acumulando alta de 8,7% no ano até novembro. No varejo ampliado, que inclui a venda de veículos, motos, peças e partes, o aumento foi de 1,2% em novembro, mas houve recuo no acumulado do ano, registrando queda de 1,6% em 2014 e recuo de 1,2% em doze meses.
Comentário: Apesar do bom resultado da venda no varejo no mês de novembro, o crescimento do comércio varejista em 2014 está bem abaixo da média anual de 4,5% desde 2003. Isso se deve, em grande medida, à desaceleração econômica interna (em particular à queda no ritmo de geração de novos empregos e da redução do acesso ao crédito) e aos problemas econômicos de nossos vizinhos e parceiros comerciais, em particular a Argentina, grande importadora de automóveis e autopeças do Brasil. Este fato fica evidente pela maior desaceleração do varejo ampliado, que inclui a venda de automóveis e autopeças. A desaceleração do varejo deve prosseguir em 2015, quando as medidas restritivas do governo devem afetar a renda dos consumidores, reduzindo a demanda e dificultando ainda mais o acesso ao crédito. Diante deste cenário, apenas uma retomada dos investimentos, seja por meio de concessões públicas, seja por decisões empresariais baseadas na melhora das expectativas, poderá puxar o crescimento em 2015, sendo pouco provável que ele seja muito superior ao registrado em 2014.
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EVENTO HORÁRIO ÓRGÃO DE DIVULGAÇÃO
Vendas no varejo – Brasil 9h IBGE
Prod. Industrial – Europa 8h Eurostat