Crescimento econômico sustentado e outras políticas contribuíram para a desconcentração da renda do trabalho

Ano 4 – nº 342 – 17 de agosto de 2016

Trajetória do mercado de trabalho nos governos petistas

Artigo de Maria Cristina Cacciamali e Fabio Tatei publicado na Revista Estudos Avançados analisa a trajetória do mercado de trabalho brasileiro nos últimos anos. O artigo parte dos primeiros anos da década de 2000 no Brasil. Para os autores, o crescimento econômico sustentado, o aumento de empregos formais pouco qualificados, a expansão da oferta de trabalho com maior escolaridade e o aumento do salário mínimo real contribuíram para o estreitamento dos diferenciais de salários e a desconcentração da renda do trabalho, também com grande importância dos programas sociais.

A crise mundial traz impactos negativos relativamente moderados no Brasil se comparados ao resto do mundo, em especial pela aplicação de políticas anticíclicas no país, com o objetivo de fomentar o consumo, investimento e crédito, aumentar o financiamento de longo prazo para o setor produtivo e expandir os gastos de investimento do governo em infraestrutura. A recuperação pós-crise foi rápida e a geração de emprego formal entre 2010 e 2013 foi ainda mais vigorosa do que no período 2004-2008, continuando o processo de redução da informalidade no mercado de trabalho e de elevação real do rendimento do trabalho.

Os primeiros indícios de recessão econômica surgiram em 2014, durante o governo de Dilma, mas apenas em 2015 os impactos negativos sobre o mercado de trabalho se aprofundaram, repercutindo na elevação da taxa de desocupação e da informalidade, com impactos sobre a distribuição da renda.

Os autores classificam os anos 2015 em diante como uma das mais acentuadas recessões econômicas da história do Brasil, com impactos graves no mercado de trabalho.

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