Relatório aponta desigualdade racial na educação
Relatório das Desigualdades de Raça, Gênero e Classe do GEMAA traz diversos dados que refletem a desigualdade de gênero e de cor/raça entre adultos (18 a 64 anos) no Brasil, a partir de dados da PNAD, de 2011 a 2015. As desigualdades raciais foram mensuradas de acordo com a opção “cor ou raça” do informante em relação às cinco categorias utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): branco, preto, pardo, amarelo e indígena. O relatório foca nos grupos branca, preta e parda, pois são os mais representativos em nossa população (indígenas e amarelos representam apenas 0,92% dos casos da PNAD).
O gráfico abaixo, retirado da publicação, apresenta a distribuição racial das brasileiras e brasileiros de acordo com seus níveis de escolaridade no ano de 2015. É possível verificar a proximidade entre as categorias pardo e preto. Por outro lado, 19% dos brancos possuem diploma do ensino superior e possuem porcentagens menores que pretos e pardos nas categorias sem instrução, fundamental completo e incompleto e médio incompleto.
Fonte: GEMAA, a partir dos dados do IBGE
Para além do grupo de cor ao qual os indivíduos pertencem, a publicação destaca que maior parte da população brasileira se concentra entre as pessoas que não terminaram o ensino fundamental e as que completaram o ensino médio.
As médias de anos de estudo de acordo com os grupos de raça/cor entre os anos de 2011 e 2015 são maiores para os brancos: entre 9 (em 2011) e 10 anos (a partir de 2013) de escolaridade. Autodeclarados pretos e pardos, por outro lado, obtiveram médias de escolaridade semelhantes e menores que a dos brancos, com um aumento de 7 para 8 anos a partir de 2012.
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