Quanto vale a nossa vida?: debate e oficina para mulheres em SP
No próximo domingo, dia 10 de dezembro, na avenida Paulista aberta (altura da rua Itapeva), a partir das 11 horas, a Secretaria Estadual de Mulheres do PT-SP e com a JPT-SP realizam uma atividade para marcar o encerramento dos 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, na avenida mais movimentada da cidade aos domingos.
Serão duas ações: primeiro, um debate dentro da perspectiva do Brasil Que o Povo Quer sobre segurança pública, com a presença da escritora Clara Averbuck; na sequência, haverá uma oficina de defesa pessoal para mulheres, realizada pelas idealizadoras do projeto Empodere-se, Amanda Lemes e Pâmela Mussi. Não é necessário ter qualquer conhecimento em lutas para prática das técnicas.
Entre as presenças confirmadas, além da escritora Clara Averbuck, estão a cantora Preta Rara, Ednalva Franco (líder do Movimento de Moradia), Débora Pereira (Secretária Estadual de Mulheres do PT) e Amanda Lemes (ex-policial civil). A atividade é gratuita, aberta à participação do público e está prevista para ter início a partir das 11 horas, na Avenida Paulista.
Sobre a atividade
Anualmente, entidades do mundo inteiro realizam ações para discutir questões relacionadas à violência contra as mulheres. São os 16 dias de ativismo, que tem início todo dia 25 de novembro, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, e término no dia 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos. No Brasil, entretanto, os 16 dias de ativismo se ampliaram para 21 dias, tendo início no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para destacar a dupla discriminação vivida pelas mulheres negras.
Para as organizadoras do evento, o avanço do conservadorismo vitimiza as mulheres, as juventudes, os LGBTs e os negros e negras com uma proposta de segurança pública truculenta e discriminatória. Quanto vale a nossa vida para esse sistema que deveria nos proteger e nos vitimiza? Como preservar a integridade física e moral de LGBT’s, negros e outros que costumam ser alvo de ataques de grupos violentos e fascistas? Qual é a proposta de segurança pública que queremos construir para o país?
Estas e outras questões estarão na rua no dia 10 e também podem receber comentários e propostas na plataforma Brasil Que o Povo Quer, que também transmitirá o debate ao vivo. É o início de uma série de debates para subsidiar e mobilizar as pessoas para a construção de um novo projeto para o Brasil.