O Grupo de Puebla emitiu dois comunicados oficiais no último final de semana. Num deles, conclama o presidente do Estados Unidos Joe Biden e fechar a base de Guantánamo. No outro, critica e rechaça a quebra da ordem constitucional em El Salvador, representada pela destituição de magistrados da Sala Constitucional, equivalente ao STF no Brasil.

Leia os comunicados:

O Grupo de Puebla conclama Joe Biden a fechar a base de
Guantánamo e seu anexo penal

O Grupo Puebla – que conta com 52 líderes de 16 países – insta o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a fechar a base de Guantánamo e seu anexo penal, em Cuba.

A extinção deste enclave territorial, com o fim do bloqueio econômico a que está submetida a ilha, em meio a uma pandemia, representaria um importante gesto para o avanço das relações interamericanas, o respeito aos Direitos Humanos e a integração da região. Essa decisão também seria interpretada como um sinal positivo para o reestabelecimento da iniciativa de normalização das relações EE-UU/Cuba, levada a cabo durante o governo Obama e do qual o atual presidente Biden foi seu vice-presidente.

Assinam:

Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil
Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia
Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai
Andrés Arauz, ex-candidato à presidência do Equador
Marco Enríquez-Ominami, ex-candidato presidencial do Chile
Rafael Michelini, ex-candidato presidencial do Uruguai
Daniel Martínez, ex-candidato presidencial do Uruguai
José Miguel Insulza, senador do Chile
Monica Xavier, ex-senadora do Uruguai
Jorge Taiana, senador da Argentina
Esperanza Martínez, senador do Paraguai
Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação do Brasil
Carlos Sotelo, ex-senador do México
Carlos Ominami, ex-ministro do Chile
Carol Proner, coordenadora do Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia
Ricardo Patiño, ex-chanceler do Equador
Guillaume Long, ex-chanceler do Equador
Celso Amorim, ex-chanceler do Brasil
Hugo Martínez, ex-chanceler de El Salvador
Gabriela Rivadeneria, ex-deputada nacional do Equador
Clara López, ex-ministra da Colômbia

 

O Grupo Puebla, frente à destituição dos Magistrados da Sala Constitucional e do Procurador-Geral da República de El Salvador, vem a público para:

I. Rechaçar vigorosamente os atos de força praticados neste último 1º de Maio, que ameaçam a frágil democracia conquistada após os Acordos de Paz e que geram incerteza social e política para o sofrido povo salvadorenho, vítima de repressões e desaparecimentos forçados no passado, e que até hoje seguem afetando o tecido social e a reconciliação dos cidadãos.

II. Expressar sua profunda preocupação com esta situação, que constitui um grave retrocesso para a democracia e o equilíbrio constitucional de poderes.

III. Exortar o Presidente da República e a Nova Assembleia Legislativa a reverterem tais decisões para garantir a volta da ordem constitucional, o respeito às leis e à independência dos poderes, como pilares do reconhecimento internacional da democracia como sistema de governo em El Salvador.

Assinam:

Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil
Ernesto Samper, ex-presidente da Colômbia
Fernando Lugo, ex-presidente do Paraguai
Rafael Correa, ex-presidente do Equador
Alejandro Navarro, Senador do Chile
Aloizio Mercadante, ex-ministro da Educação do Brasil
Ana Isabel Prera, ex-embaixadora da Guatemala
Carlos Ominami, ex-ministro do Chile
Celso Amorim, ex-chanceler do Brasil
Clara López, ex-ministra da Colômbia
Daniel Martínez, ex-candidato presidencial do Uruguai
Esperanza Martínez, senador do Paraguai
Gabriela Rivadeneira, ex-deputada nacional do Equador
Guillaume Long, ex-chanceler do Equador
Hugo Martínez, ex-chanceler de El Salvador
Jorge Taiana, senador da Argentina
José Miguel Insulza, Senador do Chile
Marco Enríquez-Ominami, ex-candidato presidencial do Chile
Monica Xavier, Senadora do Uruguai
Rafael Michelini, ex-candidato presidencial do Uruguai