Bolsonaro conquistou novo recorde: a inflação em 12 meses já está na casa de 10,54%. E estamos olhando para o passado. Pressionada pelos reajustes de mensalidades escolares e pelo encarecimento dos alimentos, a inflação oficial acelerou a 1,01% em fevereiro. É quase o dobro da taxa de 0,54% registrada em janeiro, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados na sexta-feira, 11, pelo IBGE.

O resultado foi o mais elevado para meses de fevereiro desde 2015. A inflação acumulada em 12 meses subiu a 10,54%, ante uma meta de 3,5% perseguida pelo Banco Central este ano. É mais uma prova do fracasso da política econômica conduzida por Paulo Guedes, que está produzindo desemprego em massa, carestia recorde e paralisia da atividade econômica. Combinados, os efeitos dessa política econômica são devastadores para a maioria da população.

Em fevereiro, todas as nove classes de despesas que integram o IPCA registraram alta de preços. Os gastos com educação subiram 5,61%, mas também houve forte pressão da alta de 1,28% no custo da alimentação, impactada por problemas climáticos que prejudicaram diferentes lavouras. A batata-inglesa subiu 23,49%, enquanto a cenoura aumentou 55,41%.

Os aumentos permanecem disseminados na economia como um todo: 75% dos produtos e serviços investigados pelo IBGE ficaram mais caros em fevereiro. As perspectivas não são favoráveis, diante do megarreajuste nos combustíveis nas refinarias. O aumento nos combustíveis se espalharão por outros produtos. •