Iniciativa conta com a participação de mais de 5 mil pessoas entre dirigentes, representantes de movimentos sociais e novos filiados ao partido 

Redação Focus Brasil

Fortalecer e ampliar a militância, sobretudo entre a juventude, é um dos objetivos do Nova Primavera

A campanha de difamação contra o Partido dos Trabalhadores sempre teve como recurso principal a divulgação das chamadas fake news. Do “kit gay nas escolas” à “ferrari de ouro” de um dos filhos do presidente Lula, no entanto, as mentiras acabam sempre desmascaradas. Uma delas, que ainda teve como aliada parte da imprensa hegemônica do país, é a fantasiosa ideia de que o partido negligenciou a própria história e se afastou ao longo do tempo de sua base.

A campanha para provar a inocência de Lula, com o aval de milhões de brasileiros e brasileiras de todos os cantos do país e do mundo, além da vitória do presidente na disputa à Presidência em 2022, já bastariam para provar justamente o contrário: o PT está cada vez mais em sintonia com a sua militância. E, para quem ainda não se dá por satisfeito, há ainda outro argumento salutar: a edição de 2024 do Nova Primavera, que teve nada menos do 5 mil inscritos em sua primeira fase e está novamente com inscrições abertas (veja no final da página).

Lançado em 2021 pela Secretaria Nacional de Formação do PT, junto com a Escola Nacional de Formação do PT e a Fundação Perseu Abramo, durante as comemorações do 41º aniversário do partido, o Nova Primavera tem sido desde então o pilar de sustentação da legenda, sempre com o objetivo de aproximar tanto as suas lideranças quanto às suas diretrizes históricas tanto de quem já milita há muito tempo quanto dos que estão chegando agora. 

Neste tempo, o Nova Primavera teve importante papel em diversos momentos marcantes da política nacional e entra agora numa nova fase, focada na territorialização e tendo no radar  as Eleições Municipais de outubro – embora a existência do projeto vá sempre além do resultado das urnas. 

“O Nova Primavera deste ano teve uma mudança em relação aos anos anteriores. Pensamos na estruturação do projeto em três grandes momentos. O primeiro momento, que acabou de ser concluído, foi marcado por diversos encontros virtuais em que foram discutidas as estratégias de mobilização para o trabalho de base. A segunda fase vai acontecer de 29 de abril a 15 de junho e tem como objetivo o trabalho junto aos territórios”, explica a educadora popular da ENFPT, Raimunda Oliveira.  

Mundinha, como é conhecida, diz que esta nova etapa tem sido chamada de intensificação das ações de base, com atividades das mais variadas nos territórios e realizada pelos participantes. São eles que irão chamar estas atividades com o apoio dos diretórios municipais. “Essa militância, que é formada por petistas de carteirinha e representantes dos movimentos sociais, além dos simpatizantes, aqueles que levantam a bandeira do partido, mas não são filiados”.

No documento de trabalho do projeto sublinha algumas das premissas para 2024: “As territorialização das ações do NP parte do pressuposto de que os territórios são heterogêneos na sua forma de organização e realidade sociocultural, onde a pedagogia da organização e da luta se constroi na relação entre formação organização-lutas, a partir do fazer COM e não PARA as pessoas, valorizando os diferentes saberes e a construção coletiva do conhecimento como dimensões de produção e circulação destes saberes, que a concepção e o método da educação popular oferece”. 

O trabalho, ainda segundo o documento, aponta que: 

Cada território realizará, no mínimo, três atividades, podendo ser: oficinas de análises de realidade e planejamento das ações territoriais e realização de alguma ação prevista no plano, podendo ser de criação de novos espaços de organização de base, de rearticulação de Comitês e Núcleos, mutirões, intervenção cultural

em locais públicos, cursos, rodas de conversas, ou outros tipos de ações, de acordo com a realidade de cada território e demandas das outras formações como “dia D”, para candidaturas e Dirigentes.

“Nesta fase, o objetivo do NP 24 é contribuir com a realização do trabalho de base nos territórios, principalmente naqueles onde o PT sempre foi expressivo eleitoralmente. Este fortalecimento, articulado às eleições municipais, vai ser fundamental para que possamos ter resultados eleitorais expressivos e fazer o enfrentamento com a extrema-direita fascista impondo a eles uma derrota no campo das ideias.”, concluiu Osvaldir Freitas, diretor da ENFPT.

Ainda é possível participarQuem por algum motivo, não conseguir se inscrever no NP 24 para participar das oficinas nacionais virtuais, ainda poderá se somar nas atividades territoriais. Basta acessar o endereço escoladopt.org.br/inscricaoterritoriais e preencher com dados simples como nome completo, número de CPF e cidade onde reside.