Em nenhum momento Governo Lula discutiu a possibilidade de prestar assistência a familiares de mortos na operação policial realizada no Rio de Janeiro. Confira a nota do MDHC e espalhe a verdade

Na manhã desta terça-feira (4), o portal Metrópoles publicou uma matéria afirmando que o governo federal “analisa se prestará auxílio às famílias dos 117 suspeitos mortos” na operação que deixou 117 vítimas no último dia 28 de outubro. A informação é falsa.

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) esclarece que a matéria não tem fundamento e não foi embasada em nenhuma comunicação oficial do governo federal ou do ministério.

A visita da ministra Macaé Evaristo ao Rio de Janeiro teve outro objetivo: acompanhar de perto os impactos da operação na vida da população, especialmente nas áreas de educação, saúde e assistência social e fortalecer a rede de proteção, sobretudo para crianças e adolescentes que vivem nos territórios mais atingidos.

Qual era o real objetivo da agenda no Rio?

Durante a agenda, houve um momento de escuta com profissionais que atuam nos Complexos da Penha e do Alemão, áreas diretamente afetadas pela ação policial conduzida pelo governo estadual, que resultou em mortes, violações de direitos humanos e profundo abalo nas comunidades.

Segundo Livia Vidal, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo do MDHC, a presença da equipe no território reforça o compromisso do governo federal com a defesa da vida e dos direitos humanos:

“Estar aqui, ouvindo quem está na linha de frente, é uma forma concreta de reconhecer o trabalho dos conselheiros tutelares e reafirmar que estamos comprometidos com a proteção das crianças e adolescentes do Rio de Janeiro.”

E completou:

“Não podemos naturalizar a violência. Nos territórios da Penha, do Alemão e da Vila Cruzeiro, a infância e a adolescência enfrentam situações extremas. Nosso dever é garantir que, mesmo diante de tamanha brutalidade, a rede de proteção funcione com firmeza e humanidade.”